sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Atenção unidirecional e meditação

"As pessoas estão sofrendo de desespero e frustração devido à teimosia e à instabilidade de seus sentidos internos. Isso é o resultado de sua incapacidade de controlar e guiar os bois do intelecto e da mente, desacostumados à meditação e à repetição do Nome Divino ao ponto de nem sequer darem um passo no caminho! Em um momento desses, os desejos conflitantes que infestam a mente do homem têm de ser debelados e controlados. A mente deve ser focalizada
em uma única direção. As pessoas devem caminhar com determinação, usando todos os seus esforços para alcançar o objetivo e a realização do empreendimento que impuseram a si mesmas. Se isso for feito, nenhuma força pode fazê-las retroceder e elas podem alcançar a posição que lhes é de direito.
Mergulhe a mente instável, que está fugindo em todas as direções, na contemplação do Nome do Senhor. O efeito será como a concentração dos raios do sol através de uma lente de aumento; os raios dispersos desenvolvem o poder de uma chama para queimar e consumir. Assim, também, quando as ondas do intelecto e os sentimentos da mente tomam uma única direção através da lente de convergência
do Atma (Ser Interno), elas manifestam-se como o Esplendor Divino Universal, que pode queimar o mal e irradiar a alegria.
Cada um só é capaz de obter sucesso na sua profissão ou ocupação através da atenção unidirecional. Até mesmo a tarefa mais insignificante necessita da qualidade da concentração para a sua realização. Mesmo
o problema mais difícil cede diante de um esforço decidido." (Sai Baba em Dhyana Vahini)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Domando a mente e a inteligência


'Vejam! Cada um no mundo tem a natureza de se comportar e agir de duas maneiras diferentes: uma externa e outra interna. Isso é conhecido de todos, embora os homens não o demonstrem publicamente.
Assim como as pessoas perdem até mesmo a pouca alegria que têm ao se preocuparem com as discórdias que possa haver em suas famílias, elas perdem a sua paz interna quando enfrentam obstáculos físicos e dificuldades.
Por exemplo, considere um carro puxado por bois. O carro não pode mover-se por si mesmo, não é assim? Ele só pode mover-se quando dois bois forem atrelados a ele. E só se moverá com segurança quando esses bois forem treinados na tarefa de puxar carros e quando eles estiverem acostumados com a estrada que devem trilhar. Ao contrário, se eles desconhecerem o processo de puxar carros, se nunca tiverem caminhado na estrada, se jamais tiverem se afastado do seu galpão ou se sempre tiverem se movido somente ao redor do poste ao qual estiveram atados, no seu próprio lamaçal, a
jornada não poderá prosseguir! E o carro se verá em perigo! Igualmente, a consciência interna (antahkarana) não pode moverse por si mesma; ela tem de estar ligada aos “bois” externamente relacionados – o intelecto (buddhi) e a mente (manas). Só então ela poderá avançar, seguindo o trilho dos bois.
Assim sendo, antes da jornada, os bois – intelecto e mente – devem estar familiarizados com o caminho à aldeia que os sentidos internos estão ansiosos por alcançar. Eles devem ser treinados para prosseguir nessa direção. Se isso for feito, a jornada será fácil e segura. Em vez disso, se os animais de tração (o intelecto e a mente) não tiverem conhecimento
dos caminhos da verdade, retidão, paz e amor (sathya, dharma, shanti e prema) e se eles nunca tiverem percorrido esse caminho, a própria carreta, os sentidos internos, podem ser prejudicados. Mesmo que eles sejam incitados a prosseguir, somente puxarão a carreta até o poste familiar e ao costumeiro lamaçal da confusão, injustiça, crueldade, indisciplina e falsidade! E a viagem, então? Quando seria a chegada?
Portanto, inteligência e mente (buddhi e manas) têm de ser instruídas na arte de puxar a carreta e de mover-se firmemente ao longo da estrada. Isso deve ser feito através da repetição do Nome do Senhor (japa) e meditação (dhyana)." [Sathya Sai Baba em Dhyana Vahini]
Dhyana Vahini é um texto de autoria do próprio Sai Baba a respeito da meditação, corresponte ao nosso atual tema de estudos. Participe! Todas as quintas-feiras às 20h00. Confira nossas atividades!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ações que prendem e ações que libertam

Para leitura e reflexão, segue a primeira parte do capitulo 01 do Dhyana Vahini*, Ações que prendem e ações que libertam.



Ações que prendem e ações que libertam
“As pessoas precisam estar realizando alguma ação (karma) desde o momento em que acordam até a hora de ir dormir, isto é, desde o seu nascimento até sua morte. Elas não podem permanecer quietas, sem produzir ação. Ninguém pode evitar essa condição! Mas cada um deve entender claramente em que tipo de ação está envolvido. Existem somente dois tipos de ação: (1) ações sensoriais ou que prendem (vishaya karmas) e (2) ações que libertam (sreyo karmas).
As ações que prendem aumentaram além de qualquer controle e, como resultado disso, aumentaram a tristeza e a confusão. Por meio destas, não se pode obter felicidade nem paz mental.
Por outro lado, as ações que libertam produzem, com cada único ato, alegria e auspiciosidade progressivas. Estas produzem bemaventurança ao Ser Interno (Atmananda) e não estão relacionadas com a mera alegria externa! Embora os atos possam ser externos, a atração é toda em direção ao interior. Esse é o caminho certo, o caminho verdadeiro.
As ações que prendem incluem todas as atividades relacionadas com os objetos externos. Essas ações estão geralmente dirigidas ao desejo por algum resultado. Essa ânsia pelos resultados leva-o ao atoleiro do “eu” e “meu” e ao demônio da luxúria e da cobiça. Seguindo esse caminho, nele haverá repentinas labaredas! Dar prioridade
aos objetos sensoriais (vishaya) é o mesmo que dar importância ao veneno (visha)!
Porém, enquanto o homem estiver empenhado nessas atividades e nesses objetos sensórios, se ele não tiver interesse no resultado ou na consequência, então não somente poderá sair-se vitorioso sobre os sentimentos de “eu” e “meu” e sobre a
cobiça e a luxúria, como também poderá estar longe de todas essas características e jamais ser perturbado por elas.

A ação que liberta é pura, perfeita, altruísta e imutável. A sua característica é a importância dada à idéia de ação sem nenhum desejo pelos seus frutos (nishkama karma) conforme foi elaborado na Bhagavad Gita. A prática dessa disciplina envolve o desenvolvimento de Verdade, Retidão, Paz e Amor (sathya, dharma, shanti e prema). Enquanto se está nesse caminho, se a disciplina da repetição do Nome do Senhor
também for praticada, onde se poderia obter maior alegria e bemaventurança?
Esse caminho dará a mais completa satisfação. Se alguém trilha esse caminho santo, o Próprio Senhor concederá tudo o que é necessário, tudo o que é merecido e tudo o que lhe dará paz mental. Ofereça tudo ao Senhor, sem nenhum desejo pelo resultado; isso realmente produz alegria plena; isso é, na verdade, o mais fácil.
Enquanto é muito difícil falar inverdades e agir contra o dharma (retidão), é muito fácil proferir a verdade e trilhar o caminho do dharma. Falar abertamente as coisas como elas são é uma tarefa agradável; não se necessita gastar nenhum instante para pensar a respeito dela. Para falar daquilo que não existe deve-se criar o inexistente! Isso precipita o indivíduo no medo e na fantasia, em uma atmosfera de inquietação e preocupação.
Assim sendo, em vez de seguir as ações sensoriais (vishaya karma), que oferecem todas essas dificuldades e complicações, siga as ações que libertam (sreyo marga), o caminho da felicidade do Ser Interno (Atmananda marga), que é verdadeiro, eterno e sagrado. A melhor maneira de seguir as ações que libertam é a meditação
(dhyana). Hoje, pessoas de idéias modernas debatem sobre como a meditação tem de ser feita e até mesmo por que ela deve ser feita, mas não conhecem o seu sabor nem a sua pureza. É por isso que existem tantas críticas e risadas cínicas sobre o assunto. Minha intenção aqui é instruir essas pessoas. Por isso, estou fazendo esta revelação. ”
[Sathya Sai Baba em Dhyana Vahini Cap. 01 O Poder da meditação ]
Para refletirmos:
Como tornar nossas ações do dia-a-dia em ações libertadoras?
Como transcender a meta material de nossas profissões?
Como eliminar o desejo dos resultados de nossas ações?
*O Dhyana Vahini, uma tradução do Conselho Valioso de Sai Baba sobre MEDITAÇÃO a todos os sadhakas (aspirantes espirituais), é tema dos estudos à partir de hoje no grupo Sri Sathya Sai Baba de Taubaté.
Você é nosso convidado! Confira a programação.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Serviço

Serviço

"Fazer serviço sem o pensamento em si mesmo é o primeiro passo para o progresso espiritual do homem."
A receita para "quebrar a casca do ego" é a prática do serviço.
"Servir aos homens ajudará o desabrochar da Divindade em vocês. O serviço alegrará os seus corações e os fará sentir que suas vidas têm sido proveitosas. Serviço ao homem é serviço a Deus, pois que Ele está em cada homem, em cada ser vivo, em cada pedra e em cada árvore. Ofereçam seus talentos aos pés de Deus. Que cada ato possa ser como uma flor, livre dos vermes rastejantes da inveja e do egoísmo, mas com a fragrância do amor e do sacrifício."
Sathya Sai Baba estimula e recomenda práticas espirituais como a meditação, mas a nenhuma delas atribui tanta importância e dá tanta ênfase quanto ao serviço social.
"O amor é inerente no homem, mas igual a uma semente, que deve ser nutrida pelo adubo e pela água, o amor no homem tem de ser cultivado pelo serviço dedicado."
Sai Baba aprofunda o tema do serviço em muitas ocasiões. O mais importante é a atitude interna, o espírito no qual se dedica o serviço. A qualidade dessa disposição interior é que determina o benefício espiritual obtido. O serviço oferecido sem visar a ganho ou recompensa constitui a prática mais eficaz para remover o ego e, consequentemente, desobstruir a manifestação das qualidades divinas inerentes ao indivíduo.
"Nenhuma pessoa pode se proclamar religiosa, quando se limita apenas a observar regras e praticar os sacramentos, mas não vive a reta conduta e a compaixão."

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mensagem do dia

“Descubra por si mesmo o seu estágio de desenvolvimento espiritual, em que classe na escola você se encaixaria. Então, decida proceder dessa classe para a imediatamente superior. Dê o máximo de si e você conquistará a Graça de Deus. Não barganhe ou se desespere. Um passo de cada vez é suficiente, desde que seja em direção à meta, não fora dela. Cuidado com o orgulho da riqueza, da erudição, do status, que o arrastam ao egoísmo. Não procure os defeitos dos outros; procure os seus próprios. Seja feliz quando você vê os outros prosperarem; compartilhe sua alegria com os outros.” Sathya Sai Baba

sábado, 9 de outubro de 2010

ESTUDOS :Divinos discursos, por Sathya Sai Baba

Vamos estudar os Valores humanos - VERDADE...
Experimente a doçura do nome de Rama - Discurso do dia 07/04/06-Prasanthi nilayam- ocasião Rama Navami.
trexo :A criação emerge da Verdade , há algum lugar no cosmo onde
a Verdade não exita? Pense nesta pura e clara verdade.